Homens mortos não contam histórias

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Um navio com bandeira pirata está velejando pelos mares durante uma tempestade. O dia está tão escuro quanto à noite, mas os relâmpagos ocasionalmente iluminam o céu. Por todo o navio há lampiões acesos, e suas chamas dão um tom alaranjado sobre todas as coisas.
Elizabeth e seu marido Oswald estão apavorados. Ambos estão com as mãos amarradas em suas costas. Ao redor deles há dezenas de homens sujos, desdentados e fedorentos. Os rostos distorcidos e grotescos os transformam em demônios.
“Ho, ho, ho. Então o senhor acreditava que poderia me condenar à morte na forca? Justamente eu, Capitão Barba Sangrenta, o soberano dos sete mares?”
“A justiça será feita um dia, cão do mar”, afirmou Oswald.
Barba Sangrenta olha nos olhos do homem e sorri sarcasticamente, enquanto pergunta “É mesmo? Interessante. Pena que o senhor não estará aqui para ver.”. Usando uma faca, ele faz um corte no braço de seu prisioneiro. “Quais as suas últimas palavras, Senhor Juiz?”
“Deus abençoe nosso rei.”
“Tolo até o fim, não é mesmo? Muito bem, senhor: caminhe na prancha.”
Oswald não se mexe, e um dos piratas coloca uma faca rente ao pescoço de Elizabeth. Ele suspira, e faz o que lhe foi ordenado. Um passo seguido de outro, finalizado por um salto ao mar. Os lampiões e relâmpagos iluminam as águas de maneira nefasta.
Os piratas obrigam Elizabeth a assistir quando seu marido é cercado por tubarões que foram atraídos pelo cheiro de seu sangue. Ela chora durante a execução dele. Ela ouve os gritos, e vê o corpo ser lentamente despedaçado. Ela vê as vísceras boiando, saindo de um rasgo aberto no abdômen de Oswald. Então veio o silêncio sobre as águas tingidas de sangue.
Capitão Barba Sangrenta ri enquanto grita “E assim morrem os heróis do império!”. Ele se aproxima de Elizabeth. “E quanto a você, querida, seja bem vinda à nossa tripulação. A partir de agora, você foi promovida à escrava sexual de meus marujos. Homens, divirtam-se!”
Ela grita desesperada, enquanto os piratas arrancam suas roupas e a estupram.

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