Havia um menino que tocava piano muito bem, e que desejava ser um pianista profissional quando ele se tornasse adulto. Ele queria compor as mais lindas sinfonias de todos os tempos.
Assim como as outras crianças, ele era um sonhador. E não há nada mais sonhador do que ser um realizador de sonhos.
Ele achava que o mundo era algo simples. E que, por isso, o mais importante era escolher o caminho que lhe fizesse feliz. Mas então, seus familiares, que eram pessoas amarguradas que mataram seus próprios sonhos em nome de algo que eles chamavam de “Sobrevivência”, começaram a dizer suas teorias sobre fracasso e tristeza. Disseram que todo aquele que persegue um sonho termina arruinado.
Eles disseram isso tantas vezes, que um dia o menino sentiu medo... Medo do futuro, medo de desapontar sua família, medo de fracassar. Sem perceber, ele começou a viver os sonhos de outras pessoas ao invés de viver os seus próprios. Ele começou a viver os sonhos mortos de seus familiares que tinham medo de sonhar.
E isso, evidentemente, não o fez feliz.
Ele tentou ser médico, porque seu pai queria que ele fosse um médico. Mas isso não deu certo. Ele tentou ser engenheiro, porque sua mãe queria que ele fosse um engenheiro. Mas isso também não deu certo. Ele tentou ser um vendedor de seguros porque seu irmão queria. Ele tentou ser um motorista de ônibus porque seu tio queria. Ele tentou ser um analista de sistemas porque sua tia queria. Tentou ser um carpinteiro porque seu avô queria. Tentou ser um advogado porque sua avó queria.
Ele tentou viver os sonhos de outras pessoas por tanto tempo, que um dia ele percebeu que já não era mais um menino. Ele era um velho agora. Ele se sentia amargurado e fracassado, preso em um emprego que odiava, e preso em uma vida que o fazia infeliz. Ele tentou viver por tanto tempo os sonhos de outras pessoas, que agora sentia que era tarde demais para ele viver os seus próprios sonhos.
Por isso, ele começou a colocar suas esperanças em sua filha. Mas havia um problema: ela queria ser professora de matemática, pois ela amava matemática.
Ele teve medo dela ser infeliz e começou a sabotar o sonho dela. Ele achava que ela só seria alguém na vida se fosse uma pianista. Ele fez de tudo para que ela ficasse com medo de ser professora.
Ele tentou amedrontá-la por tantas vezes, que um dia a menina sentiu medo... Medo do futuro, medo de desapontar sua família, medo de fracassar. Sem perceber, ela começou a viver os sonhos de outras pessoas ao invés de viver os seus próprios. Ela começou a viver os sonhos mortos de seus familiares que tinham medo de sonhar.
E ela tentou ser uma pianista... Mesmo ela desejando ser uma professora...
Quantos sonhos morrem todos os dias apenas por nós pensarmos na felicidade das outras pessoas ao invés de pensarmos em nossa própria felicidade?
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